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OS MANDAMENTOS DE UM MÉDIUM UMBANDISTA
01 – Amar a Olorum, aos Orixás e à Umbanda acima de todas as coisas e das outras religiões.
02 – Vestir a roupa branca e incorporar seus guias só no seu centro.
03 – Não ficar visitando outros centros em vão, ou seja, só por curiosidade.
04 – Se visitar um centro, entrar em silencio, assistir aos trabalhos, tomar o passe e sair em silêncio.
05 – Não
comentar ou criticar as práticas alheias, sejam elas do seu agrado ou
não, concorde com elas ou não, porque elas não são as suas e, sim,
deles.
06 – Não fazer comentários desairosos sobre os cultos e trabalhos realizados em outros centros de Umbanda.
07 – Não copiar fundamentos alheios e manter-se fiel aos da Umbanda.
08 – Não profanar o que é sagrado e não sacralizar o que é profano.
09 – Cuidar da sua mediunidade e deixar a dos seus irmãos de fé, que os Pais ou Mães Espirituais e os guias deles cuidarão.
10 – Não emitir opiniões sobre o assunto religioso que não conhece em profundidade ou sobre o qual sequer conhece.
11 – Não imitar e não invejar os trabalhos e as forças espirituais dos seus irmãos de fé.
12 – Se,
por alguma razão, não se sentir satisfeito no centro que está
frequentando, peça licença para se afastar dos trabalhos, mas guarde só
para você as razões do seu afastamento.
13 – Se
saiu do centro que frequentava, não fique criticando-o ou ao seu
dirigente porque, por certo tempo, tanto o centro quanto o seu dirigente
lhe foram úteis e o ampararam.
14 – Não
faça comentários sobre os trabalhos realizados no seu centro para
pessoas que não o conhecem ou não participam do dia a dia dele e do que
nele é realizado.
15 – Não
fique procurando ou pondo defeitos em seus irmãos de fé, e sim,
procure-os em si e tente livrar-se deles antes que descubram que não és o
"ser perfeito" que aparentas ser.
16 – Lembre-se disso: Todos possuem defeitos e imperfeições, mas cada um só deve cuidar dos seus.
17 –
Trabalhe a favor e em benefício do crescimento do seu centro e dos seus
irmãos de corrente, que toda a corrente trabalhará em seu benefício e
das suas forças espirituais.
18 – Cada
centro tem os seus fundamentos e os do seu não são melhores ou mais
poderosos que os dos outros. Apenas são diferentes!
19 – Faça a
caridade, seja ela espiritual ou material, sem esperar nenhum tipo de
recompensa, pois fazê-la esperando algo em troca não é caridade e, sim,
troca de benefícios.
20 – Se, o
ato de auxiliar alguém caritativamente com o seu dom mediúnico e com a
força dos seus Guias e dos seus Orixás não lhe for gratificante ou
recompensador, pare enquanto é tempo, porque, de insatisfeitos e de
exploradores do próximo, o inferno está cheio!
21 – Não fazer "Feitura de Santo" no Candomblé e continuar a falar em nome da Umbanda e se apresentar como umbandista.
22 – (Que
outros irmãos de fé acrescentem aqui outras regras que acharem
necessárias ao aperfeiçoamento doutrinário dos médiuns umbandistas)...
SUGESTÕES DE CONTINUIDADE POR ALEXANDRE CUMINO
23 –
Colabore materialmente com seu centro (terreiro/tenda/núcleo), não é
responsabilidade do sacerdote custear todas as despesas de um trabalho
que é coletivo. Procure saber como colaborar nas despesas, seja para
dividi-las ou para pagar uma mensalidade/doação estipulada pelo
dirigente. A manutenção material é tão importante quanto a espiritual, é
sagrada e deve ser uma prioridade.
24 – Ao
chegar no centro, desligue seu celular, procure deixar seus problemas de
fora, evite conversas sobre o trânsito, política, futebol, dificuldades
domésticas ou profissionais. Procure não se entregar a distrações, você
está em ambiente sagrado, esteja consciente de si e do sagrado, sinta e
perceba quais são seus sentimentos, pensamentos, palavras e ações neste
templo da religião.
25 – Não
chegue atrasado aos trabalhos, procure chegar mais cedo, informe-se o
quanto antes deve chegar. Ao chegar no centro seja útil, procure saber
se precisam de você para a limpeza ou manutenção e organização do espaço
e do trabalho que vai se realizar. Caso não tenha mais nada para fazer,
procure silenciar, meditar ou rezar, preparando-se para os trabalhos
que, provavelmente, já começaram no astral. Espere o
trabalho/gira/sessão se encerrar completamente antes de se retirar do
templo, procure saber se ainda precisam de ajuda antes de ir embora.
26 – Fale
baixo (outros podem estar rezando) e movimente-se com calma e cuidado.
Seja sempre cordial, tranquilo, respeitador, atencioso e bem disposto
durante os trabalhos de Umbanda. Não grite, não corra, não se manifeste
com agitação ou nervosismo, independente do que esteja acontecendo.
Lembre-se, o estado emocional e a atitude dos médiuns influencia
diretamente o comportamento da consulência.
27 – Não
use o centro/terreiro para paquerar, flertar ou causar frissons. Os
trabalhos de Umbanda não podem ter como objetivo encontros afetivos. O
foco das reuniões de Umbanda deve ser sempre religioso, espiritual e de
autoconhecimento. Evite chamar a atenção por meio da vaidade ou do ego.
Caso comece a se relacionar afetivamente com outro médium, avise seu
sacerdote, pois ele é responsável pelo que acontece dentro deste
ambiente.
28 – Cuide
de sua higiene, procure estar sempre com sua roupa branca, de terreiro,
limpa. Esteja sempre atento ao odor dos pés (caso tenha que tirar os
calçados), verifique o há- lito e use desodorante sem perfume. Pois nada
é mais desagradável que tomar consulta com uma entidade e ter que
sentir: "chulé", mau hálito, CC vencido e outros odores desagradáveis.
29 – Cuide
de sua alimentação. Nos dias de trabalho, evite comer carnes ou
alimentos de difícil digestão, abstenha-se de bebidas alcoólicas e
relação sexual.
30 –
Mantenha sempre acesa sua vela para o Anjo da Guarda e, quando
necessário, firme sua direita e sua esquerda, tome seus banhos de ervas e
faça defumação. Aprenda como se limpar e descarregar de energias
negativas, não deixe tudo por conta de seus guias ou de seu sacerdote.
Não seja mais um dependente e não faça do trabalho espiritual uma
muleta, aprenda e conheça os fundamentos de sua religião.
31 – Trate com respeito e humildade todos os guias que trabalham no centro e não apenas os guias do seu sacerdote.
32 – Não
ocupe o tempo de seu sacerdote com assuntos' desnecessários,
frivolidades ou banalidades. Provavelmente, outros irmão também querem a
atenção do dirigente espiritual.
33 –
Procure entender que todo centro/terreiro tem regras, escritas ou não,
que devem ser seguidas à risca, tanto por médiuns, quanto por seus
guias. Procure conhecer estas regras.
34 –
Lembre-se, podemos comparar o centro a uma família em que, aos poucos,
vamos conhecendo as dificuldades de cada um e aprendendo a conviver com
elas. Também podemos comparar a uma orquestra, em que o sacerdote é o
maestro e que cada médium deve seguir sua partitura, fazer seu papel,
com consciência de que cada um é uma parte do todo e, se cada um fizer
sua parte, o todo estará, sempre, em harmonia.
Fonte: Rubens Saraceni / Publicação no Jornal de Umbanda Sagrada | Ed. 155 | Abril/2013
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